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NÃO SE PERCA

 

E a vontade do Pai que me enviou é esta: 
Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, [...].
João 6:39

ALEGORIA


    Qualquer que se aventurar em um banho de mar, fá-lo-á sempre o mais próximo possível da orla ou da embarcação na qual eventualmente estiver navegando, porquanto, mesmo em água rasas, estas predispõem forças e circunstâncias com propriedades perigosas, que quando não levadas em consideração, expõem a riscos graves e até fatais.     

    Na Bíblia, mais especificamente no livro do Apocalipse, encontram-se textos que imprimem conotação de semelhança entre águas e povos. 

OBJETIVO


    Dessa conjectura é possível denotar estarmos em um “mar”, “singrando” entre diferentes raças e culturas, credos e crendices, em meio ao que “nadamos” em todo o tempo da existência física, algumas vezes “junto à praia” e, eventualmente junto a “embarcações”, nos parâmetros da ordem literal das coisas, circunstanciados de forças e perigos que podem gerar desgraças e até a morte dos sentidos relativos à pós-existência física. 

    Não há dúvida quanto à necessidade de cuidados com tudo o que tange a existência natural, em qualquer dos seus segmentos que podem ser da ordem da saúde, financeira, social, etc.

    No entanto, Jesus disse...,  Mc. 8:36  Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?

    Jesus não estava se referindo a existência física como algo a ser ignorado ou menosprezado, até por tratar-se de uma constituição divina.

Gn. 2:5  [...]homem para lavrar a terra.  ** 15  [...] e o guardar.

 O mundo para o homem e o homem para o mundo. (Sl. 104:14) 

    Não obstante, o que Jesus está dizendo é da necessidade de se estar consciente de que, mais importante do que a existência natural é aquela que está no porvir.

    Nossa existência física transita em um espaço de tempo pré-estabelecido, (Sl. 90:10  [...]setenta anos[...]) texto que alude a finitude que, circunstancialmente e eventualmente pode variar para mais ou para menos, a critério do autor da vida, porém revogado qualquer dispositivo contrario, de origem na prepotência humana, porquanto a morte é o salario do pecado desde o primeiro homem.   -   (Hb. 9:27  [...] está ordenado morrerem [...])

    O que precisa ser considerado é que, independente do tempo que se nos esteja designado, usufruindo ou, [por força de circunstâncias] não, das benesses que Deus nos proporciona para esta vida, esta forma de existência, orgânica, física, é absolutamente pequena quando comparado ao que será depois, a eternidade. 

    Por esta razão Jesus, aquele que na sua palavra predispõe toda sorte de bênçãos para todas as áreas da vida, sejam elas no campo da saúde, na manutenção da existência orgânica ou da satisfação de necessidades relativas, ainda que para tanto sempre haja preâmbulos exatamente de onde se depreende a necessidade de se primar pela soberania de Deus, aponta a eternidade e insufla o risco de que alguém se perca. 

    Da leitura do texto de João 6, a partir dos versículos 26, conclui-se que Jesus acusava os seus seguidores de estarem ali pela motivação errada, sendo que para eles, nem mesmo os sinais operados ofereciam relevância, quando só o que sê-lhes importava era a satisfação particular, pessoal.

    Jesus então, “quebra” o conceito e estabelece que mais importante do que a preocupação com o que é físico e de ordem natural, são os cuidados relativos à vida eterna, á vista da finitude do estado físico de decurso tão ínfimo, e que, no que se refere á obra de Deus, maior do que o serviço a ser prestado é a fé ou o ato de crer nele como o enviado do Pai.

    Este discurso ocorreu durante a sua estadia neste mundo em sua forma humana, o que sugere o fator de instabilidade para o que se propunha, porquanto o teor da sua oratória instigava uma fé que aquela gente não predispunha.       

 

    Aquele povo estava sendo incitado a crer no que lhes parecia inadmissível. 


    O messias esperado personificado no filho do carpinteiro José (Jo. 6:42), cuja família era conhecida de todos, só porque se autoproclamava descido do céu?

    Em parâmetros equivalentes o mesmo Cristo, agora por sua palavra, se nos é apresentado trazendo as mesmas instigações, quando ratifica os mesmos princípios.

    Não obstante e havendo-se passados mais de dois mil anos, e expostos a incontáveis indicativos de fins dos tempos, as gentes, de todas as culturas, estão cada vez mais focadas em objetivos da existência física, primando pelo que é temporário, em busca “incansável” aplicando-se às ultimas consequências para coisas terrenas, sem se permitirem a reflexão da inconsequência, e para tanto, recorrem á “Deus” em ritos religiosos na intenção exclusiva de fazer valer a extenuante vontade antropocêntrica contemporânea. 

    Nota-se que a força do “mar” atrai com absurda intensidade as gentes que, dia após dia vão tomando distancia da segurança da orla, que aqui chamaríamos de [tradições], e também das “embarcações”, um atributo da religião. 

    As “ondas” e “vagas” do em torno, impetuosamente exercem sobre todos, mais do que atração, empuxo ou força de arrasto, o que leva os desatentos á situações aonde não se pretendia chegar, e de onde não se consegue sair com facilidade, razão para advertências como...,  Jr. 6:17  [...] Estai atentos ao som da trombeta [...],não observadas.

    Certamente está evidente que [“ondas” e “vagas” do em torno] é uma referência não apenas as inclinações da carne como também as necessidades pertinentes à existência, quando então, Jesus, que não quer que ninguém se perca diz..., Mt. 6:34  Não vos inquieteis pois pelo dia d’amanhã, porque o dia d’amanhã cuidará de si mesmo. [...]. 

    Para esta conjectura é de relevante importância trazer a memória o que Jesus disse à Samaritana junto ao poço..., Jo. 4:23  [...] o Pai procura a tais que assim o adorem. (Em espírito e em verdade e não como moeda de troca). Note-se que no texto há um adjetivo implícito quando aquele que propõe a adoração se identifica como Pai, e que logo a adoração da expectativa será dadivada por quem está posto na condição de filho, o que desmente que todos são filhos de Deus, sendo que só os que..., Jo. 1:12  [...] o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome;. E assim, somente estes estão enquadrados no texto de Jo. 6:39 que dá titulo e abertura para esta mensagem.

CONCLUSÃO

    Esta mensagem propõe reflexão sobre a posição que se está ocupando perante Deus, e da conclusão, quais efeitos as [“ondas” e “vagas” do em torno] estabelecem. 

    Qualquer que ainda não estiver posto na condição de filho, Hb. 3:13  [...] o tempo que se chama Hoje, permite a revisão dos conceitos para, do efeito vir a ser filho.

    Para aqueles que...,  crêem no seu nome, e portanto estão estabelecidos como filhos, fica a orientação da palavra de Deus que, requer que filhos sejam corajosos o bastante para se manterem como verdadeiros adoradores sem se deixarem influenciar pelo em torno, correndo os riscos de arrasto para longe da vontade do Pai, expondo-se ao perigo de perder-se. 

     O que aqui se apresenta tem por objetivo claro evidenciar que, mesmo que Jesus não queira que ninguém se perca, a decisão final cabe a cada um particularmente. 

Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, 
entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.
Ap. 3:20

by. Oceano Ramos Corrêa

Pastor presidente da IEBSH

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